Resultados de avaliação apontam como a Formação de Lideranças Educacionais do Centro Lemann transformou o cotidiano de redes e escolas

Com o objetivo de conhecer o impacto de nossa formação na atuação das lideranças educacionais, contratamos a consultoria Arandu para realizar uma avaliação com participantes egressos da Turma 2022-2023, envolvendo 42 municípios.

Foram utilizados métodos mistos, combinando abordagens quantitativas e qualitativas, que apontaram um resultado geral animador: a Formação foi considerada extremamente aderente às necessidades das(os) participantes, gestoras(es) de redes de ensino e escolas públicas. A avaliação também indicou desafios e aprendizados para melhorar nossos programas e nossas práticas.

Outro achado é que conhecimentos e práticas acessados pelas lideranças, durante essa jornada trouxeram mudanças significativas na maneira como compreendiam suas funções e organizavam seu dia a dia, integrando gestão pedagógica e gestão administrativa.

O estudo também indicou melhor compreensão sobre a importância de uma atuação mais inclusiva e participativa em busca da equidade e qualidade na aprendizagem. Uma parte das(os) respondentes afirmaram já conseguir perceber resultados positivos na qualidade do aprendizado, do acesso e da permanência das(os) estudantes, o maior propósito de nossa formação.

Clique aqui e confira a íntegra do sumário executivo da pesquisa, que definiu indicadores e base de dados inicial para uma futura comparação entre os municípios participantes e não participantes da Formação de Lideranças Educacionais do Centro Lemann.

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Série “Jornada da Equidade na educação” apoia a estruturação e integração de áreas estratégicas das secretarias de educação

Publicação do Centro Lemann, a série é composta por quatro protocolos com caminhos  formativos e subsídios práticos para as secretarias de educação fortalecerem e integrar quatro áreas estratégicas  de sua atuação, apoiando a gestão das escolas e as equipes docentes a garantirem a aprendizagem de qualidade com equidade. A elaboração dos conteúdos contou com a Futurar como parceira executora e a Roda Educativa como parceira técnica.

A coleção foi construída em um processo colaborativo de escuta de especialistas, da leitura de materiais e publicações do tema,  do diálogo com gestoras(es) de municípios, além da experiência do Centro Lemann na formação de lideranças educacionais em todo o País. Conheça cada publicação:

Guia da Jornada da Equidade na Educação Práticas para uma gestão transformadora nas redes de educação – traz conceitos-chave, diretrizes e orientações gerais para percorrer cada série e integrar e promover mais colaboração entre as quatro áreas estratégicas das secretarias de educação. Também disponibiliza  uma Matriz de Práticas com Foco em Equidade para inspirar redes e escolas. Acesse.

Trilha dos SaberesGestão pedagógica integral – é a dimensão central e objetivo principal da gestão educacional. Essa trilha compartilha práticas e conhecimentos para a promoção da equidade e da diversidade nas equipes, no planejamento e no processo de ensino e aprendizagem de forma integrada com as outras áreas, com dicas, sugestões, além de materiais e referências para aprofundamento do tema. Acesse.

Caminho do Cuidado Gestão estratégica e acolhedora de pessoas – traz conhecimentos e orientações sobre como atrair, selecionar, acompanhar e desenvolver as(os) profissionais da educação com uma abordagem sensível às diferentes partes interessadas. Acesse.

Rota da Realização Gestão administrativa e financeira eficaz – subsídios para que a secretaria possa garantir oferta e permanência das(os) estudantes na escola, estabelecendo rotinas adequadas para viabilização dos objetivos educacionais e recursos da rede de ensino. Acesse.

Estes são documentos orientadores, passíveis de melhorias e ajustes. Ajude-nos a torná-los ainda mais assertivos para o seu trabalho. Compartilhe seu feedback e  comentários, clicando aqui.

Pesquisa com Lideranças Escolares 2023 | Perspectivas sobre Gênero –Relatório para o Brasil

Você tem em mãos a “Pesquisa com Lideranças Escolares 2023 | Perspectivas sobre Gênero – Relatório para o Brasil”. O relatório resume as percepções de gestoras(es) escolares brasileiras(os) sobre questões de gênero, formação técnica sobre o tema e os desafios para administrar o tempo, equilibrando momentos de capacitação em serviço com as demandas do dia a dia da escola.

Os dados da pesquisa envolveram 719 diretoras(es), vice-diretoras(es) e coordenadoras(es) pedagógicas(os) da rede de lideranças educacionais formada pelo Centro Lemann de Liderança para Equidade, organização responsável também pela coleta de dados referentes ao Brasil. A pesquisa integra uma base de dados maior, liderada pela Global School Leaders, desde 2020, em todo o mundo.

Dentre as questões sobre gênero, foi perguntado quais profissões seriam mais adequadas às meninas e aos meninos. Os resultados mostraram que, embora não sejam maioria, é grande o contingente de lideranças escolares que ainda enxergam como um trabalho predominantemente feminino o cuidado de crianças, apontado por 28,9% das(os) respondentes, o trabalho doméstico (26,1%) e a docência (20,6%).

Segundo o estudo, além de influenciar as expectativas profissionais das(os) estudantes, as questões relacionadas a gênero estão na base de muitos casos de abandono e evasão escolar. Dentre as principais causas, para as meninas, foram ressaltadas complicações relativas à gravidez na adolescência (23,8%), pressão para casar-se cedo (12,8%), casos de assédio sexual (10,6%) e de mutilação genital (9,6%) – situações que, muitas vezes, também configuram crimes e ilustram a perpetuação de violências de gênero.

Embora noções como essas, que limitam a trajetória das(os) estudantes, possam ser enfrentadas com programas de capacitação focados no tema, apenas 45,6% das(os) respondentes tiveram acesso a esse tipo de treinamento específico sobre gênero.

Com relação à administração do tempo, a pesquisa mostrou que a participação em formações impacta a percepção sobre o grau de dificuldade das tarefas de gestão escolar. Conforme o estudo, 86,8% das(os) respondentes fizeram alguma formação em 2023. Nesse universo, a proporção de pessoas que afirmam ter muita dificuldade com determinada tarefa do cotidiano da escola é sempre inferior àquela observada entre as que não contaram com formação recente.

Confira estes e outros resultados da pesquisa, clicando aqui para acessar o relatório na íntegra.

Políticas Educacionais com Equidade

Elaborado pelo Centro Lemann com o apoio da Porticus, “Políticas educacionais com equidade” traz subsídios e recomendações às lideranças educacionais para o desenho e implementação de políticas que promovam a equidade nas redes e escolas.

Isso significa pensar em estratégias e ações que acolham, reconheçam e valorizem características e contextos de cada estudante, especialmente aquelas(es) de grupos minorizados, impactadas(os) pelos marcadores de desigualdade educacional – raça ou cor, gênero, território, nível socioeconômico e deficiência. Iniciativas que envolvam toda a comunidade escolar, estudantes e suas famílias, formuladoras(es) de políticas e gestoras(es), dentre outros.

O documento evidencia os principais obstáculos que impedem o acesso equitativo à educação de qualidade com equidade e as condições necessárias que viabilizam a frequência à escola e o desenvolvimento integral para todas(os).

Também ressalta que a equidade nas políticas educacionais precisa ser contemplada em três níveis: insumos (condições institucionais); processos (estratégias, escolhas metodológicas e abordagens plurais); e resultados (indicadores que mostrem a efetividade da política para cada grupo de beneficiárias/os).

A partir desse olhar amplo e diverso, a publicação elenca cinco passos para a elaboração de políticas educacionais com equidade: 1. Identificação do problema; 2. Formulação da política; 3.Implementação; 4. Avaliação; 5. Tomada de decisão.

No entanto, para que a política seja eficiente, ela precisa contemplar nove elementos da equidade na educação: informação, participação, intencionalidade, intersetorialidade, lei e normativas, financiamento, responsabilização, gestão para a equidade e qualidade do atendimento. Todos detalhados no documento, que também traz materiais e referências para ampliar reflexões e análises sobre o tema.

“Políticas educacionais com equidade” é uma das contribuições do Centro Lemann para fortalecer a capacidade e o entendimento das lideranças educacionais sobre o seu papel na construção de uma educação que inclua e desenvolva cada estudante, para que toda a sociedade brasileira possa prosperar.

Clique em: Politicas Educacionais com Equidade_2024 e confira o documento na íntegra.

Políticas e programas internacionais que promovem a equidade na educação

O estudo, lançado pelo Centro Lemann, Fundação Lemann e Black Education Research Center – BERC oferece subsídios para o desenho de políticas públicas e ações que possam enfrentar a desigualdade educacional provocada pelo racismo.

A pesquisa, produzida por Sonya Douglass e Brett Grant, pesquisadores da Universidade Columbia (EUA), aborda as principais características e implementação de políticas e programas que promovem a equidade racial na educação, sobretudo dos Estados Unidos. Esmiuça o contexto de negras e negros na América Latina e no Brasil, ressaltando o impacto do mito da democracia racial nas escolas brasileiras. 

Os autores acreditam ser fundamental o envolvimento da liderança educacional e a inclusão de comunidades não brancas em todos os processos de tomada de decisão para mitigar os efeitos negativos do racismo estrutural nas redes de ensino e escolas. O estudo também traz orientações, ferramentas, metodologias, estratégias e boas práticas para subsidiar as lideranças nessa missão. 

Faça download do estudo em: Políticas-e-programas-internacionais-que-promovem-a-equidade-na-educacao_2023

Guia para realizar um bom diagnóstico de equidade racial

 

Publicação realizada pela parceria entre Centro Lemann, Fundação Lemann e Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) oferece um passo a passo para identificar as desigualdades raciais em redes de educação e escolas.

Para ter dados e evidências sobre a situação das escolas da sua rede de educação é essencial realizar um diagnóstico local. O guia, elaborado por Ernesto M. Faria e Lecticia Maggi, do Iede, explica como coletar dados, aplicar questionários, cruzar dados públicos com os locais, comunicar os resultados e transformá-los em indicadores para monitorar os desafios encontrados. Também apresenta práticas bem-sucedidas de redes que implementaram diagnósticos e criaram soluções para enfrentar a desigualdade racial em suas escolas.

O guia foi elaborado com a contribuição de docentes, diretoras(es) escolares, pesquisadoras(es), profissionais do terceiro setor, técnicas(os) e gestoras(es) de secretarias de educação. É uma ferramenta prática para lideranças educacionais darem um passo à frente na construção de uma educação antirracista.

Faça download em: Guia-para-realizar-um-bom-diagnóstico-de-equidade-racial_2023

“Mapeamento de estudos nacionais sobre desigualdades educacionais” aponta escassez de pesquisas que indiquem caminhos para uma educação pública de qualidade com equidade

Estudo realizado em parceria com o D³e – Dados para um Debate Democrático na Educação e apoio da Porticus sugere oportunidades para novas pesquisas que preencham as lacunas identificadas na análise.

Conduzida pelas pesquisadoras Priscilla Tavares, professora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV), e Lara Simielli, integrante do Conselho Científico do D3e e professora do Departamento de Gestão Pública na Fundação Getulio Vargas (EAESP/FGV), a pesquisa revelou que o Brasil ainda carece de referências capazes de  propor soluções para políticas públicas educacionais voltadas ao enfrentamento das desigualdades e à promoção de uma Educação Básica de qualidade com equidade.

O mapeamento localizou e avaliou 117 estudos sobre desigualdades educacionais produzidos no País, nos últimos dez anos, com base em três categorias: insumos, processos e resultados. A análise partiu de cinco marcadores de desigualdades educacionais (gênero, raça, nível socioeconômico, localidade e deficiência), trabalhados pelo Centro Lemann nas formações com lideranças educacionais. O resultado mostrou que a maior parte dos estudos aborda as diferenças no acesso a insumos, obtenção de resultados observados entre estudantes em cada marcador (meninas versus meninos; brancos versus negros, por exemplo) – que se configuram como as desigualdades mais estudadas.

O levantamento concluiu que as lacunas identificadas são potenciais oportunidades para futuras pesquisas que foquem nas categorias insumos para além da infraestrutura básica, na categoria processos nas dimensões raça, nível socioeconômico e localidade, e ampliação da gama de comparações de gênero, raça e deficiência e no conhecimento sobre Educação Infantil e Ensino Médio, aprofundando abordagens metodológicas mais robustas.

Para  conhecer o mapeamento, acesse a plataforma “Estudos sobre desigualdades educacionais”, com mapas e infográficos detalhados da análise. https://estudosdesigualdadeseducacionais.centrolemann.org.br/

Guia Seleção de Diretoras(es) Escolares

Produzido pelo Centro Lemann, com o apoio do Vetor Brasil e do Instituto Gesto, o guia busca apoiar  lideranças educacionais e suas equipes a construir ou adequar o processo de seleção com base em competências técnicas, tornando-o mais efetivo para os propósitos da educação com equidade. 

A publicação está dividida em nove etapas, que perpassam a pré-seleção, a seleção e a pós-seleção técnica: 1. Construção ou revisão da legislação; 2. Construção do perfil de diretoras(es); 3. Mobilização e recrutamento de candidatas(os); 4. Análise da trajetória profissional e acadêmica; 5. Avaliação dos conhecimentos gerais e específicos; 6. Avaliação comportamental; 7. Avaliação de habilidades técnicas; 8. Articulação dos processos de seleção ; e 9. Indução e desenvolvimento profissional de diretoras(es) selecionadas(os). O material também oferece uma série de referências e exemplos ilustrativos para facilitar o trabalho nesse campo.

Com a publicação, espera-se que as secretarias de educação tenham subsídios e inspirações para garantir a máxima qualidade do processo de seleção, já que a gestão escolar é o segundo fator intraescolar que mais impacta a aprendizagem, ficando atrás apenas da(o) professora(or). 

A seleção de diretoras(es) realizada com base em competências técnicas favorece o fortalecimento de sistemas educacionais, tornando-os mais democráticos, inclusivos e eficientes, assegurando educação de qualidade para cada estudante.

Confira: Guia-selecao-diretoras-escolares

Pesquisa revela saúde mental e recomposição da aprendizagem como principais desafios da escola na pandemia

A Pesquisa com Lideranças Escolares 2022 – Relatório Brasil, realizada em parceria com a Global School Leaders, traz a visão das lideranças acerca da situação da saúde mental e do bem-estar da comunidade escolar e da recomposição da aprendizagem, duas prioridades apontadas pela maioria das(os) respondentes.

O Centro Lemann foi responsável pela pesquisa no Brasil, com a colaboração da Associação Nova Escola, Instituto Reúna e Elos Educacional, que colaboraram com a adaptação e divulgação do questionário, amplamente divulgado no País. Por meio dele, 835 lideranças escolares (diretoras/es, vice-diretoras/es e coordenadoras/es pedagógicas/es) compartilharam desafios enfrentados pela escola no retorno às aulas presenciais, assim como as soluções encontradas para enfrentá-los. 

No que diz respeito à saúde mental e ao bem-estar da comunidade escolar, 76% das lideranças afirmaram que o compromisso com a escola aumentou, sendo que 52% declararam ter de permanecer mais tempo no trabalho, enquanto 46% disseram precisar de mais habilidades para se adaptar às mudanças desse novo contexto. Outro impacto é o nível de estresse que, para 44% das lideranças, aumentou.

Com parte do enfrentamento desse desafio, 56% das lideranças disseram realizar sessões de aconselhamento para estudantes e professoras(es); 56% viabilizaram formação sobre o tema para os educadores; 34% distribuíram material educativo para professoras(es) e familiares das(os) estudantes; e 24% criaram grupos de apoio entre pares na escola.

Com relação à recomposição da aprendizagem, 64% das lideranças disponibilizaram aulas de reforço para estudantes que precisavam; 54% deram suporte a professoras(es) para a elaboração de planos específicos; 48% utilizaram a tecnologia para apoiar as atividades pedagógicas; 44% continuaram cumprindo as atividades pedagógicas previstas no currículo, enquanto 35% realizaram mudanças no currículo para resgatar conceitos básicos.

No entanto, as lideranças também apontaram as principais dificuldades para trabalhar a recomposição da aprendizagem: 69% indicaram a situação socioeconômica de estudantes; 60% falaram da pressão para cumprir o currículo; 30% ressaltaram a falta de apoio dos pais; 30% citaram a ausência de recursos.

A pesquisa vem ao encontro da atual urgência em apoiar as lideranças educacionais no enfrentamento dos problemas que impactam a saúde mental e o bem-estar das equipes das escolas, das(os) estudantes e suas famílias. Para acessar o documento completo e conhecer outros resultados, clique aqui.

Revista Equidade na Educação

A publicação reúne informações e reflexões sobre caminhos para fomentar a educação de qualidade com equidade. O ponto de partida é a conceituação de temas-chave da educação que queremos, como equidade, igualdade e diversidade, assuntos que são aprofundados na entrevista com a pesquisadora Tatiana Cosentino Rodrigues, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas e do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSC)

Os leitores poderão acessar uma robusta linha do tempo, que contempla o contexto histórico da educação brasileira, de 1549 aos nossos dias, além de gráficos e tabelas que traçam, por meio de dados, o cenário das desigualdades educacionais no País.

Mas as soluções existem, como aponta Chico Soares, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na entrevista em que aborda diferentes temáticas, como a importância de indicadores e do monitoramento para detectar e corrigir níveis de aprendizagem e promover a equidade educacional.

Estudantes também têm voz na revista, em uma roda de conversa, para contar sobre os desafios que enfrentam e as expectativas que traçam para seus futuros, a partir da educação.

A publicação traz também exemplos bem-sucedidos, de redes de ensino públicas, assim como artigos de gestores escolares, compartilhando suas experiências. Conta ainda com uma entrevista com Mauricio Ernica, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos idealizadores do Indicador de Desigualdades e Aprendizagens (IDeA), em que aponta o preocupante fenômeno do aumento da desigualdade na educação, apesar da melhoria de aprendizagem nos resultados das pesquisas oficiais.

A revista visa contribuir para que as noções de equidade, inclusão e justiça social alcancem o debate público educacional, inspirando o desenho de soluções eficazes para a promoção de uma educação de qualidade para todas e todos.

Acesse a revista completa clicando aqui.